A manifestação nas ruas do centro de Belo Horizonte chegou ao Mineirão, cerca de 30 minutos antes da partida entre Brasil e Uruguai, pela semifinal da Copa das Confederações. O protesto começou na praça 7 de Setembro e se dirigiu até o estádio, onde houve confrontos da Polícia Militar com um grupo que participava do ato.
Assim que chegaram às ruas próximas ao local do jogo, os manifestantes se organizaram para que nenhum deles ultrapassasse a barreira imposta pela polícia. Porém, depois de alguns minutos, algumas das pessoas presentes tentaram o acesso às ruas mais próximas do estádio e foram contidas pela PM, que usou bombas de gás lacrimogênio.
Os manifestantes depredaram uma concessionária de veículos e ainda derrubaram grades colocadas nas ruas, sendo repreendidos com ainda mais bombas. Na entrevista coletiva concedida na terça-feira, o comandante-geral da PM, Márcio Sant’Ana, e o secretário de segurança de Minas Gerais, Rômulo Ferraz, pediram para que os manifestantes não avançassem contra as barreiras, já que só torcedores com ingressos poderiam se aproximar do Mineirão.
Segundo a rádio Itatiaia, a estimativa da PM é de cerca de 50 mil pessoas no movimento. No caminho ao estádio, algumas pessoas fizeram até rapel em viadutos, na tentativa de chamarem a atenção para o protesto contra os gastos nos grandes eventos esportivos. Além disso, alguns também estenderam faixas com apelo por investimentos na educação e na saúde.
Com receio de manifestações mais violentas, comerciantes da região até colocaram proteção em seus estabelecimentos. A partida entre Brasil e Uruguai, começou às 16 horas (de Brasília).
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