O torcedor brasileiro concorda com Felipão?
A ausência dos meias Ronaldinho e Kaká na lista da seleção brasileira para a copa das confederações causou grande repercussão na imprensa internacional. Veículos de países que também estarão no torneio, como Espanha, Itália, México e Uruguai, destacaram a convocação de Luiz Felipe Scolari, mas deram ênfase principalmente ao fato dos atletas de Atlético-MG e Real Madrid terem ficado de fora da lista.
"Kaká e Ronaldinho não são convocados e estão fora da Copa das Confederações", estampou a italiana Gazzetta dello Sport, em seu site. O jornal lembrou que Brasil e Itália se enfrentam no dia 22 de junho, em Salvador, pelo terceiro jogo do grupo A, e também ressaltou a presença de apenas um jogador que atua na "Velha Bota": Hernanes, da Lazio. A não convocação de Alexandre Pato, ex-Milan, também foi notada.
O Record, principal diário esportivo do México (outro adversário do Brasil no grupo A) também se espantou: "Kaká e Ronaldinho são excluídos da Copa das Confederações", destacou o periódico. O jornal também falou sobre as ausências de Alexandre Pato, do Corinthians, e Ramires, do Chelsea, e considerou como "surpresas" os chamados de Bernard, do Atlético-MG, e Jadson, do São Paulo.
Jornais de países que estão no grupo B também dedicaram espaço à convocação de Luiz Felipe Scolari. Na Espanha, o As ressaltou que Felipão preferiu deixar de fora dois jogadores "que o fizeram campeão do mundo em 2002, no Mundial de Coreia do Sul e Japão". O diário também destacou que a ausência de Ronaldinho não deixa de causar estranhamento, já que o meia vem fazendo temporada "notável".
No Uruguai, o El País também citou o não chamado dos craques: "A decisão (de Felipão) em não contar com Ronaldinho, em excelente momento no Atlético-MG, gerou enorme debate no Brasil", escreveu o jornal.
No meio-campo do Brasil, Scolari apostou em nomes mais jovens em atuação na Europa, como Luiz Gustavo, Hernanes e Lucas. O são-paulino Jadson, o corintiano Paulinho e o gremista Fernando também integram o setor.
"Nos baseamos que alguns dos jogadores ainda não jogaram uma competição oficial pela seleção. E para jogar uma competição como o Mundial eles precisam jogar essa competição pra analisarmos eles em competições que valem pontos e títulos. Esses critérios tiveram que ser analisados", argumentou o treinador da seleção após o anúncio da convocação.
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